segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Australiano cruza caverna submersa de 120 m em um só fôlego

Mike Wells nadou debaixo d'água sem tanque de oxigênio e contou a experiência
Um mergulhador australiano da modalidade freedive (ou mergulho livre) atravessou a nado, pela primeira vez, a mais longa caverna oceânica da Austrália apenas com o oxigênio que reteve em seus pulmões, em campanha para salvar uma espécie de tubarão ameaçada.

O australiano Mike Wells, de 39 anos, percorreu os 120 metros de comprimento da Fish Rock Cave, no sudeste da Austrália - uma abertura escura submersa - em apenas 2 minutos e 40 segundos.

A caverna está a profundidades de 24 metros a 14 metros.

Wells é um profissional experiente, que mergulha há 19 anos. Ele disse à BBC Brasil que precisou treinar "o corpo e a mente" para cumprir a prova. "Condicionamento físico é chave para (controlar) a respiração e o uso de oxigênio pelo corpo, então eu ando de mountain bike e pratico surf quase todos os dias. Eu treino na piscina, com voltas alternadas de 100 metros nado livre e de peito."

O mergulhador disse que também nada debaixo d'água e faz treinamento para alta tolerância de gás carbônico e baixa de oxigênio. Já a preparação mental inclui relaxamento.

Ele enfrentou o desafio de atravessar a caverna submersa em apoio à campanha da Sociedade Australiana para a Preservação Marinha (AMCS, na sigla em inglês) para proteger locais como a Fish Rock Cave, que é um habitat importante para o tubarão-touro que, segundo a organização, está ameaçado de extinção.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Há Esperança

No seguimento da descoberta feita por o CEAE a umas semanas atrás, foi contactado o Prof. Dr. Galopim de Carvalho, membro do Conselho Científico da Federação Portuguesa de Espeleologia e reconhecido especialista em paleontologia e icnopaleontologia, que se deslocou ao local no dia 10 de Novembro e confirmou a descoberta.

Aqui fica a noticia:



Tal como há 15 anos, quando foram encontradas as pegadas de dinossáurios herbívoros na chamada Pedreira do Galinha, foi um grupo de espeleólogos que descobriu os novos trilhos no concelho de Ourém.

Foi numa saída de prospecção no início de Outubro, como em tantas outras na serra de Aire, que um grupo de espeleólogos do Centro de Estudos e Actividades Especiais, da Liga para a Protecção da Natureza, se deparou com um trilho de pegadas. "Tinham aquela forma de três dedos, característica dos dinossáurios carnívoros, mas não queríamos afirmar que fosse algo novo porque não é essa a nossa área", contou ao DN o coordenador do grupo, Pedro Silva Pinto. Ontem, o professor Galopim de Carvalho confirmou o achado.

"No local estão a descoberto três trilhos com várias pegadas tridáctilas, com 60 a 70 centímetros de comprimento. À semelhança da Pedreira do Galinha, a rocha que guardou estas impressões fósseis é um calcário compacto, mais ou menos contemporâneo do daquela jazida, isto é, do Jurássico médio, com 170 a 175 milhões de anos", disse o geólogo, que ficou conhecido como o "homem dos dinossáurios" pelo papel que teve na sua divulgação em Portugal.

"Foi há 15 anos que espeleólogos da Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia, de Torres Novas, me alertaram para a descoberta da que se tornou uma das mais importantes e faladas jazida com pegadas de grandes dinossáurios herbívoros (saurópodes) que ficou conhecida por Pedreira do Galinha", lembrou. "Agora, foi igualmente um grupo de espeleólogos que descobriu, perto da aldeia de Pedreira, concelho de Ourém, não longe daquela jazida, uma outra mas, desta vez, de carnívoros (terópodes)", acrescentou. Através do trilho, os especialistas podem inferir as dimensões do animal, se era herbívoro ou carnívoro, e até a velocidade do progresso.

"Nós andamos no terreno, com os olhos no chão, à procura de grutas para explorar. Não é pois por acaso que fizemos esta descoberta", disse Pedro Silva Pinto, afirmando contudo que os espeleólogos ficaram "muito entusiasmados". No total, são cerca de 20 pegadas de carnívoros, sendo que o trilho principal tem pelo menos oito: "Podem existir mais escondidas, porque o estrato rochoso só está parcialmente exposto."

Os espeleólogos desconhecem quem são os donos do terreno. "Temos receio, porque vimos que estão a ser feitos despejos de entulho que podem danificar as pegadas. Podem não ter consciência do que lá está ou nem se interessar", lamentou Silva Pinto, que vai pedir ao Museu Nacional de História Natural um estudo das pegadas.



Mais alguns links sobre a noticia:

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um crocodilo por explorar

Um dia, um rapaz encontrou um jovem crocodilo a tentar atravessar a lagoa para entrar no mar. Estava muito fraco. O rapaz teve pena dele e levou-o nos seus braços até ao mar.
O crocodilo ficou-lhe muito grato e prometeu que se lembraria para sempre da sua bondade. Disse ao rapaz que se alguma vez quisesse viajar que deveria chegar-se à beira do mar e chamar por ele, que o ajudaria.

Algum tempo depois, o rapaz lembrou-se da promessa do crocodilo. Foi à beira do mar e chamou o crocodilo três vezes. O crocodilo disse ao rapaz que se sentasse nas suas costas e durante anos viajaram.

Embora o crocodilo e o rapaz fossem amigos, o crocodilo continuava a ser um crocodilo e sentiu uma vontade irresistível de comer o rapaz. Mas isto incomodava-o e decidiu pedir conselhos a outros animais. Perguntou à baleia, ao tigre, ao búfalo e a muitos outros animais, todos lhe disseram “O rapaz foi bom para ti, não o podes comer.” Acabou por ir visitar o macaco sábio. Depois de ouvir a história, o macaco praguejou e desapareceu.

O crocodilo sentiu-se envergonhado e decidiu não comer o rapaz. Em vez disso levou o rapaz nas suas costas, e juntos viajaram até o crocodilo ser velho. O crocodilo sentiu que nunca poderia retribuir a bondade do rapaz e disse-lhe, “Em breve morrerei e formarei uma terra para ti e para todos os teus descendentes”.

O crocodilo transformou-se na ilha de Timor que ainda hoje tem a forma de um crocodilo. O rapaz teve muitos descendentes que herdaram as suas qualidades de bondade, amizade e sentido de justiça. Hoje, o povo de Timor chama “Avô” ao crocodilo, e quando atravessam um rio gritam sempre, “Crocodilo, sou teu neto – não me comas!”


Timor é uma ilha sedimentar com 30.777 km² localizada na região de Wallacea, área biogeográfica de transição entre as massas continentais da Ásia e da Austrália; Timor-Leste ocupa 18 mil km² da parte oriental da ilha.

É aqui que se encontra o segundo ponto mais alto de todas as ex-colônias portuguesas, o Monte Tatamailau com 2.963 m de altitude, que significa "Avô de todos" no dialeto Mambai.

Após as recentes escavações na gruta de Lene Hara, em Tutuala (O’CONNOR; SPRIGGS; VETH: 2002) conseguio-se datar a ocupação humana desde há cerca de 35.000 anos

Ja nos anos 50 a Missão Antropológica de Timor (chefiada por António de Almeida) havia já levado a cabo diversos trabalhos de prospecção e escavação de sítios arqueológicos.
Data desta época a identificação e registo da gruta de Ile Kére Kére, importante sítio com pinturas rupestres em Tutuala inicialmente publicado por Ruy Cinatti.

Pintura rupestre em Ile Kére Kére, Tutuala. Fotografia: Daniel Groshong.

Uma zona que ainda nos vai trazer muitas alegrias...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Biosfera passa uma reportagem sobre o tema 'Espeleologia'

O programa biosfera de 28 de Outubro, passou uma reportagem intitulada de “Espeleologia”onde foi dado um especial enfoque a Serra da Arrábida.

A reportagem incluiu imagens do NECA assim como do CEAE, onde se incluiu imagens da Gruta do Zambujal e da Gruta do Meio

Foram entrevistados entre outros o Coordenador da Comissão Científica da FPE, Joanaz de Melo, bem com ao Vice-Presidente da FPE, Pedro Pinto

Foi feito um alerta para os perigos que as grutas sofrem, tanto devido a expansão das pedreiras, como a contaminação dos cursos hídricos.

Lembro que as principais captações de agua potável para consumo humano encontra-se em maciços calcários, como e o caso da nascente do Alviela

Um bom alerta para o perigo de destruição que as grutas sofrem em Portugal, Esperam-se outros…

'Ashar' chega hoje para tentar primeira gravidez com sucesso


A primeira fêmea dos 16 animais cedidos por Espanha a Portugal, ao abrigo do programa conjunto dos dois países, chega hoje ao Centro de Reprodução de Silves, proveniente de Jerez de la Frontera. Até agora, as tentativas para que desse à luz falharam. Especialistas acreditam que o centro do Algarve terá condições para ajudar a salvar a espécie.
Chama-se Ashar, tem cinco anos, e é a primeira de um lote de 16 linces-ibéricos - cinco fêmeas e onze machos - cedidos por Espanha a Portugal. Nunca se reproduziu com sucesso devido ao" stress urbano". Mas os especialistas têm esperança de que possa ainda dar um contributo à reintrodução desta espécie na natureza no País. Chega hoje.
A sua partida estava marcada para as 13.45 de hoje (12.45 em Portugal) , do Parque Zoológico de Jerez de la Frontera, na Andaluzia. Se tudo correr normalmente na viagem, com escalas em Sevilha e Vila Real de Santo António, estará a meio da tarde no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves.
A "escoltá-la" seguiu uma equipa de técnicos, incluindo uma bióloga, e o presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), Tito Rosa, que fez questão de acompanhar a primeira "moradora" do centro de Silves, inaugurado em Maio.
Ashar (Flor Branca, em árabe) nasceu na natureza, e os especialistas acreditam que foi sobretudo devido ao "stress urbano" que as suas "gravidezes" anteriores não resultaram. "Do ponto de vista médico, não há nenhuma razão para que não consiga reproduzir-se", assegurou ontem ao DN Tito Rosa.
Em Silves, explicou, Ashar vai passar a viver "no melhor centro" já construído para esta espécie, ficando instalada "num cercado com uma área considerável, com vegetação mediterrânica", e contando com "acompanhamento permanente de técnicos especializados e veterinários".
Falta a companhia que, segundo o presidente do ICN, "começa a chegar já na próxima semana", estando previsto que "até final de Dezembro cheguem os restantes 15 animais, de várias proveniências".
Desde a década de 1980 que o lince-ibérico não é avistado na natureza em Portugal. O ICNB tem já em recuperação três áreas "na serra da Malcata, no Guadiana e na zona de Barrancos" onde estão a ser criadas condições para a sua reintrodução, que passam "pela introdução de vegetação mediterrânica e coelho bravo", mas também "do contacto com a população, incluindo agricultores e caçadores", para a conquistar para o projecto. Se tudo correr bem, dentro de no mínimo três anos o lince voltará a viver livre em Portugal.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Procuram-se grutas, acham-se dinossauros

Pegadas de dinossauro votadas ao abandono e à destruição…


Entre lixo e rodados de camiões “exibem-se” dois trilhos de um dinossauro carnívoro.
Quanto mais tempo aguentarão nestas condições?