Ao ver esta corrida incessante de todos os portugueses ao euromilhões, lembrei-me de um estudo que vi a pouco tempo, em que afirmava que os portugueses eram aqueles que mais confiavam o seu futuro ao estado.
Pelos vistos não e só do estado, que os portugueses esperam a resolução dos seus problemas, mas também da sorte…
O estudo afirmava que os portugueses, eram aqueles que menos poupavam para a reforma, e que acreditavam que alguém ou algo vai cuidar deles quando precisarem, (neste caso o estado).
Os portugueses podem sempre afirmar que são dos que recebem menos, dos que têm menos rendimentos da Europa, e que por esse facto não têm possibilidade de poupar.
Curiosamente ou talvez não, os cidadãos do pais mais eficaz e “rico” da Europa, os Suecos, são aqueles que menos querem depender do seu estado para lhes assegurar o futuro, o estudo afirmava que na Suécia 64% dos inquiridos já tinham começado a poupar para a reforma.
Por cá apenas 23% pensaram em poupar alguma coisa, mesmo sabendo de como o nosso estado funciona…
É uma questão de cultura, um latino nunca pensará da mesma maneira que um nórdico, mas não estará na altura de os portugueses deixarem de culpar o estado por todos os males que os assolam e começarem a pensar que eles também têm de fazer alguma coisa por o seu futuro e por o futuro do País?
sábado, 4 de fevereiro de 2006
domingo, 29 de janeiro de 2006
domingo, 22 de janeiro de 2006
sexta-feira, 23 de dezembro de 2005
Feliz Natal
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
Prémios Stella Awards
Difícil de acreditar, mas... é a justiça à americana. O Stella Awards é um prémio conferido anualmente aos casos mais bizarros de processos judiciais nos Estados Unidos. O prémio tem este nome em homenagem a Stella Liebeck, que derrubou café quente no colo e processou, com sucesso, o McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indemnização. Desde então, o Stella Awards existe como uma instituição independente, publicando - e "premiando" - os casos de maior abuso do já folclórico sistema judicial norte-americano.
Este ano, os vencedores foram:
5º. lugar (empatado): Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu 780.000,00 US$ de indemnização de uma loja de móveis, por ter quebrado o tornozelo ao tropeçar numa criancinha que corria solta pela loja. A criança descontrolada em questão era o próprio filho da sra. Robertson.
5º. lugar (empatado): Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania, estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar. Ele não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com defeito. Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já se tinha fechado por dentro. A família estava de férias e o sr. Dickinson ficou trancado na garagem por oito dias, comendo camida de cão. Ele processou o proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu 500.000,00 US$.
4º. lugar: Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indemnizado com 14.500,00 US$, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido pelo beagle do vizinho. O cachorro estava preso, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o sr. Williams saltou a cerca e disparou repetidamente contra ele com uma pressão de ar.
3º. lugar: um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar 113.500,00 US$ a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, por ela ter escorregado e quebrado o cóccix. O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson tinha atirado um copo de refrigerante contra o namorado, durante uma discussão.
2º. lugar: Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário de uma casa noturna por ter caído da janela da casa de banho, partindo os dois dentes da frente. Ela estava tentando escapar do bar sem pagar a despesa, no valor de... 3,50 US$. Recebeu 12.000,00 US$, mais despesas dentárias.
1o. lugar: O grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma City, Oklahoma. O sr. Grazinski tinha acabado de comprar um Crysler Motorhome Winnebago automático e regressava sozinho de um jogo de futebol. Na estrada, ele activou o control cruiser do carro para 100 km/h , abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café. Como era de esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou. O sr. Grazinski processou a Crysler por não explicar no manual que o control cruiser não permitia que o motorista abandonasse o volante. O júri concedeu a indemnização de 1.750.000,00 US$, mais um novo Motorhome Winnebago. A construtora mudou todos os manuais de proprietário a partir deste processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar os seus carros.
Este ano, os vencedores foram:
5º. lugar (empatado): Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu 780.000,00 US$ de indemnização de uma loja de móveis, por ter quebrado o tornozelo ao tropeçar numa criancinha que corria solta pela loja. A criança descontrolada em questão era o próprio filho da sra. Robertson.
5º. lugar (empatado): Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania, estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar. Ele não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com defeito. Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já se tinha fechado por dentro. A família estava de férias e o sr. Dickinson ficou trancado na garagem por oito dias, comendo camida de cão. Ele processou o proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu 500.000,00 US$.
4º. lugar: Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indemnizado com 14.500,00 US$, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido pelo beagle do vizinho. O cachorro estava preso, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o sr. Williams saltou a cerca e disparou repetidamente contra ele com uma pressão de ar.
3º. lugar: um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar 113.500,00 US$ a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, por ela ter escorregado e quebrado o cóccix. O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson tinha atirado um copo de refrigerante contra o namorado, durante uma discussão.
2º. lugar: Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário de uma casa noturna por ter caído da janela da casa de banho, partindo os dois dentes da frente. Ela estava tentando escapar do bar sem pagar a despesa, no valor de... 3,50 US$. Recebeu 12.000,00 US$, mais despesas dentárias.
1o. lugar: O grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma City, Oklahoma. O sr. Grazinski tinha acabado de comprar um Crysler Motorhome Winnebago automático e regressava sozinho de um jogo de futebol. Na estrada, ele activou o control cruiser do carro para 100 km/h , abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café. Como era de esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou. O sr. Grazinski processou a Crysler por não explicar no manual que o control cruiser não permitia que o motorista abandonasse o volante. O júri concedeu a indemnização de 1.750.000,00 US$, mais um novo Motorhome Winnebago. A construtora mudou todos os manuais de proprietário a partir deste processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar os seus carros.
domingo, 18 de dezembro de 2005
A minha prenda de natal para as meninas
Para quem pensa que não esta em forma, e que o resto do mundo esta, aqui fica a minha prendinha de natal.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Primeiro caso de cura espontânea da SIDA
Séculos de pestes e epidemias podem ter conferido a dez por cento dos europeus a mutação genética necessária à garantia de imunidade contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH). Tal percentagem, avançada recentemente por dois investigadores ingleses, merece referência numa altura em que redobra a atenção aos mecanismos de resistência natural ao vírus da sida. O objectivo é copiá-los para produzir um novo medicamento, eficaz também no tratamento dos doentes, um décimo, que resistem às terapêuticas actualmente disponíveis.
Sabe-se que indivíduos com a mutação genética designada CCR5 – delta 32, expostos ao VIH, não se infectam porque a mutação evita a entrada do vírus nas células do sistema imunitário.
Christopher Duncan e Susan Scott – investigadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Liverpool, respectivamente – acreditam que a mutação no CCR5, associada à resistência ao VIH, deu-se em resultado das vagas de peste que assolaram a Europa.
O estudo ‘Reavaliação das Tendências Histórias Selectivas para a Mutação do CCR5 – delta 32’ sugere que o mal veio por bem. E o mal, neste caso, foi não a peste bubónica, mas as epidemias de febres virais hemorrágicas, consideram Duncan e Scott.
TRANSMISSÃO DA MUTAÇÃO
Como as pessoas com a mutação do CCR5 sobreviveram às epidemias, puderam transmiti-la, justificando a prevalência cada vez maior de imunidade nas gerações seguintes.
Os investigadores admitem que nos países mais recentemente afectados por epidemias há mais pessoas portadoras da benfazeja mutação.
Na Escandinávia, por exemplo, sujeita à peste de Copenhaga de 1771, a taxa de resistência ao VIH pode ascender a 14 ou 15 por cento da população.
Outro exemplo, muito citado, de eventual imunidade natural é o de um grupo de prostitutas do Quénia, expostas ao vírus na relação com os clientes e ainda assim saudáveis.
ESPERANÇA E CAUTELA
Em 1997, as mulheres prostitutas dos bairros de lata de Nairobi foram consideradas um factor fundamental na descoberta de uma vacina, que, no entanto, quase dez anos depois, ainda não foi produzida.
Naquela altura, médicos e investigadores não esconderam a surpresa e a esperança que lhes causou a resistência de mulheres ao VIH, que vendiam sexo sem protecção numa zona onde a sida era uma entre as doenças mais mortíferas. Era a Deus que as mulheres atribuíam a ‘miraculosa’ imunidade.
“Os estudos com base em mecanismos naturais de resistência são feitos há dezenas de anos. O caso das prostitutas do Quénia é um exemplo, ao que sei sem grandes desenvolvimentos e efeitos práticos”, comenta Maria José Campos, médica, recomendando cautela e moderação da esperança.
HOMEM DO MILAGRE ENTREGA-SE À CIÊNCIA
Andrew Stimpson é, até prova em contrário, o rosto de um milagre médico: deixou de ser seropositivo e nem sequer se submeteu a qualquer tratamento. O jovem inglês, que ganha a vida a fazer sanduíches, acaba de ‘entregar-se’ a um especialista inglês, Jonathan Weber, do Hospital de Saint Mary, que pretende descobrir o que tem Andrew de tão especial.
“O professor [Weber] disse-me que deve encontrar as resposta no sangue que foi analisado na Clínica Victoria, em Londres, onde fiz dois testes com resultados positivos ao VIH, seguidos de quatro com resultados negativos.”
Andrew ofereceu-se para testes complementares àquelas análises. “Talvez seja necessário realizar mais exames para descobrir se há alguma coisa no meu sistema imunitário que deu cabo do vírus.” Para o professor Jonathan Weber, investigador do Imperial College, o mais importante é voltar a analisar os primeiros testes, que deram positivo.
in Correio da Manhã 28/11/05
Sabe-se que indivíduos com a mutação genética designada CCR5 – delta 32, expostos ao VIH, não se infectam porque a mutação evita a entrada do vírus nas células do sistema imunitário.
Christopher Duncan e Susan Scott – investigadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Liverpool, respectivamente – acreditam que a mutação no CCR5, associada à resistência ao VIH, deu-se em resultado das vagas de peste que assolaram a Europa.
O estudo ‘Reavaliação das Tendências Histórias Selectivas para a Mutação do CCR5 – delta 32’ sugere que o mal veio por bem. E o mal, neste caso, foi não a peste bubónica, mas as epidemias de febres virais hemorrágicas, consideram Duncan e Scott.
TRANSMISSÃO DA MUTAÇÃO
Como as pessoas com a mutação do CCR5 sobreviveram às epidemias, puderam transmiti-la, justificando a prevalência cada vez maior de imunidade nas gerações seguintes.
Os investigadores admitem que nos países mais recentemente afectados por epidemias há mais pessoas portadoras da benfazeja mutação.
Na Escandinávia, por exemplo, sujeita à peste de Copenhaga de 1771, a taxa de resistência ao VIH pode ascender a 14 ou 15 por cento da população.
Outro exemplo, muito citado, de eventual imunidade natural é o de um grupo de prostitutas do Quénia, expostas ao vírus na relação com os clientes e ainda assim saudáveis.
ESPERANÇA E CAUTELA
Em 1997, as mulheres prostitutas dos bairros de lata de Nairobi foram consideradas um factor fundamental na descoberta de uma vacina, que, no entanto, quase dez anos depois, ainda não foi produzida.
Naquela altura, médicos e investigadores não esconderam a surpresa e a esperança que lhes causou a resistência de mulheres ao VIH, que vendiam sexo sem protecção numa zona onde a sida era uma entre as doenças mais mortíferas. Era a Deus que as mulheres atribuíam a ‘miraculosa’ imunidade.
“Os estudos com base em mecanismos naturais de resistência são feitos há dezenas de anos. O caso das prostitutas do Quénia é um exemplo, ao que sei sem grandes desenvolvimentos e efeitos práticos”, comenta Maria José Campos, médica, recomendando cautela e moderação da esperança.
HOMEM DO MILAGRE ENTREGA-SE À CIÊNCIA
Andrew Stimpson é, até prova em contrário, o rosto de um milagre médico: deixou de ser seropositivo e nem sequer se submeteu a qualquer tratamento. O jovem inglês, que ganha a vida a fazer sanduíches, acaba de ‘entregar-se’ a um especialista inglês, Jonathan Weber, do Hospital de Saint Mary, que pretende descobrir o que tem Andrew de tão especial.
“O professor [Weber] disse-me que deve encontrar as resposta no sangue que foi analisado na Clínica Victoria, em Londres, onde fiz dois testes com resultados positivos ao VIH, seguidos de quatro com resultados negativos.”
Andrew ofereceu-se para testes complementares àquelas análises. “Talvez seja necessário realizar mais exames para descobrir se há alguma coisa no meu sistema imunitário que deu cabo do vírus.” Para o professor Jonathan Weber, investigador do Imperial College, o mais importante é voltar a analisar os primeiros testes, que deram positivo.
in Correio da Manhã 28/11/05
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