quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um crocodilo por explorar

Um dia, um rapaz encontrou um jovem crocodilo a tentar atravessar a lagoa para entrar no mar. Estava muito fraco. O rapaz teve pena dele e levou-o nos seus braços até ao mar.
O crocodilo ficou-lhe muito grato e prometeu que se lembraria para sempre da sua bondade. Disse ao rapaz que se alguma vez quisesse viajar que deveria chegar-se à beira do mar e chamar por ele, que o ajudaria.

Algum tempo depois, o rapaz lembrou-se da promessa do crocodilo. Foi à beira do mar e chamou o crocodilo três vezes. O crocodilo disse ao rapaz que se sentasse nas suas costas e durante anos viajaram.

Embora o crocodilo e o rapaz fossem amigos, o crocodilo continuava a ser um crocodilo e sentiu uma vontade irresistível de comer o rapaz. Mas isto incomodava-o e decidiu pedir conselhos a outros animais. Perguntou à baleia, ao tigre, ao búfalo e a muitos outros animais, todos lhe disseram “O rapaz foi bom para ti, não o podes comer.” Acabou por ir visitar o macaco sábio. Depois de ouvir a história, o macaco praguejou e desapareceu.

O crocodilo sentiu-se envergonhado e decidiu não comer o rapaz. Em vez disso levou o rapaz nas suas costas, e juntos viajaram até o crocodilo ser velho. O crocodilo sentiu que nunca poderia retribuir a bondade do rapaz e disse-lhe, “Em breve morrerei e formarei uma terra para ti e para todos os teus descendentes”.

O crocodilo transformou-se na ilha de Timor que ainda hoje tem a forma de um crocodilo. O rapaz teve muitos descendentes que herdaram as suas qualidades de bondade, amizade e sentido de justiça. Hoje, o povo de Timor chama “Avô” ao crocodilo, e quando atravessam um rio gritam sempre, “Crocodilo, sou teu neto – não me comas!”


Timor é uma ilha sedimentar com 30.777 km² localizada na região de Wallacea, área biogeográfica de transição entre as massas continentais da Ásia e da Austrália; Timor-Leste ocupa 18 mil km² da parte oriental da ilha.

É aqui que se encontra o segundo ponto mais alto de todas as ex-colônias portuguesas, o Monte Tatamailau com 2.963 m de altitude, que significa "Avô de todos" no dialeto Mambai.

Após as recentes escavações na gruta de Lene Hara, em Tutuala (O’CONNOR; SPRIGGS; VETH: 2002) conseguio-se datar a ocupação humana desde há cerca de 35.000 anos

Ja nos anos 50 a Missão Antropológica de Timor (chefiada por António de Almeida) havia já levado a cabo diversos trabalhos de prospecção e escavação de sítios arqueológicos.
Data desta época a identificação e registo da gruta de Ile Kére Kére, importante sítio com pinturas rupestres em Tutuala inicialmente publicado por Ruy Cinatti.

Pintura rupestre em Ile Kére Kére, Tutuala. Fotografia: Daniel Groshong.

Uma zona que ainda nos vai trazer muitas alegrias...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Biosfera passa uma reportagem sobre o tema 'Espeleologia'

O programa biosfera de 28 de Outubro, passou uma reportagem intitulada de “Espeleologia”onde foi dado um especial enfoque a Serra da Arrábida.

A reportagem incluiu imagens do NECA assim como do CEAE, onde se incluiu imagens da Gruta do Zambujal e da Gruta do Meio

Foram entrevistados entre outros o Coordenador da Comissão Científica da FPE, Joanaz de Melo, bem com ao Vice-Presidente da FPE, Pedro Pinto

Foi feito um alerta para os perigos que as grutas sofrem, tanto devido a expansão das pedreiras, como a contaminação dos cursos hídricos.

Lembro que as principais captações de agua potável para consumo humano encontra-se em maciços calcários, como e o caso da nascente do Alviela

Um bom alerta para o perigo de destruição que as grutas sofrem em Portugal, Esperam-se outros…

'Ashar' chega hoje para tentar primeira gravidez com sucesso


A primeira fêmea dos 16 animais cedidos por Espanha a Portugal, ao abrigo do programa conjunto dos dois países, chega hoje ao Centro de Reprodução de Silves, proveniente de Jerez de la Frontera. Até agora, as tentativas para que desse à luz falharam. Especialistas acreditam que o centro do Algarve terá condições para ajudar a salvar a espécie.
Chama-se Ashar, tem cinco anos, e é a primeira de um lote de 16 linces-ibéricos - cinco fêmeas e onze machos - cedidos por Espanha a Portugal. Nunca se reproduziu com sucesso devido ao" stress urbano". Mas os especialistas têm esperança de que possa ainda dar um contributo à reintrodução desta espécie na natureza no País. Chega hoje.
A sua partida estava marcada para as 13.45 de hoje (12.45 em Portugal) , do Parque Zoológico de Jerez de la Frontera, na Andaluzia. Se tudo correr normalmente na viagem, com escalas em Sevilha e Vila Real de Santo António, estará a meio da tarde no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves.
A "escoltá-la" seguiu uma equipa de técnicos, incluindo uma bióloga, e o presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), Tito Rosa, que fez questão de acompanhar a primeira "moradora" do centro de Silves, inaugurado em Maio.
Ashar (Flor Branca, em árabe) nasceu na natureza, e os especialistas acreditam que foi sobretudo devido ao "stress urbano" que as suas "gravidezes" anteriores não resultaram. "Do ponto de vista médico, não há nenhuma razão para que não consiga reproduzir-se", assegurou ontem ao DN Tito Rosa.
Em Silves, explicou, Ashar vai passar a viver "no melhor centro" já construído para esta espécie, ficando instalada "num cercado com uma área considerável, com vegetação mediterrânica", e contando com "acompanhamento permanente de técnicos especializados e veterinários".
Falta a companhia que, segundo o presidente do ICN, "começa a chegar já na próxima semana", estando previsto que "até final de Dezembro cheguem os restantes 15 animais, de várias proveniências".
Desde a década de 1980 que o lince-ibérico não é avistado na natureza em Portugal. O ICNB tem já em recuperação três áreas "na serra da Malcata, no Guadiana e na zona de Barrancos" onde estão a ser criadas condições para a sua reintrodução, que passam "pela introdução de vegetação mediterrânica e coelho bravo", mas também "do contacto com a população, incluindo agricultores e caçadores", para a conquistar para o projecto. Se tudo correr bem, dentro de no mínimo três anos o lince voltará a viver livre em Portugal.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Procuram-se grutas, acham-se dinossauros

Pegadas de dinossauro votadas ao abandono e à destruição…


Entre lixo e rodados de camiões “exibem-se” dois trilhos de um dinossauro carnívoro.
Quanto mais tempo aguentarão nestas condições?


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

URSO-PARDO CANTÁBRICO

Segundo os últimos sensos o urso pardo cantábrico continua a recuperar a sua população.
O número de ursos pardos triplicou de 1987 a 2007, falando-se agora de 21 progenitores e 39 crias.



Boas noticias para uma espécie que a maior parte da população nem sabe que habita a nossa península

domingo, 13 de setembro de 2009

Formas de vida mais antigas descobertas nos Andes

Uma equipa argentina descobriu, em lagos dos planaltos andinos, estromatólitos "vivos". Durante muito tempo, estas estruturas foram a principal manifestação da vida na Terra. Actualmente, são raras e esta é a primeira vez que são encontradas a mais de 3600 metros de altitude, num ambiente extremo, parecido com o que existia depois da formação do planeta.



A 4000 metros de altitude, no deserto de Puna de Salta, nos Andes argentinos, o oxigénio escasseia e as lagunas têm uma concentração de sal tão grande que se torna complicado mergulhar. Mas foi nestas águas cristalinas que os cientistas encontraram um ecossistema único, com estromatólitos "vivos". Um ecossistema que pode ajudar a compreender o princípio da vida na Terra... e no espaço.



Os estromatólitos são estruturas construídas por bactérias. Os mais antigos datam de há 3 500 milhões de anos, pouco tempo depois (em termos geológicos, pelo menos) da formação do planeta - são portanto os primeiros vestígios da existência de vida na Terra. Actualmente, existem apenas algumas destas estruturas vivas e em construção, em ambientes hipersalinos da Austrália, Chile e México.



María Eugenia Farías, directora do Laboratório de Investigação Microbiológica das Lagunas Andinas (LIMLA), compara estes sistemas a uma central de produção de energia em miniatura e muito arcaica: as algas fazem a fotossíntese e absorvem o dióxido de carbono; as bactérias reciclam os nutrientes minerais e o processo fica completo com a libertação de oxigénio. "Foram estes microorganismo extremófilos [capazes de sobreviver em condições extremas] e outros semelhantes que criaram a nossa atmosfera, rica em ozono, e permitiram o aparecimento de formas mais complexas de vida", explicou a bióloga, em declarações ao jornal espanhol El Mundo.


Os estromatólitos descobertos na laguna de Socompa distinguem-se porque sobrevivem a uma altitude superior a 3600 metros, expostos a uma forte radiação ultravioleta. Ou seja, num ambiente muito parecido com o que existia na Terra no início, pensam os cientistas.



Para a investigadora argentina, no entanto, estas lagunas não são apenas janelas para o passado, são sobretudo portas para o futuro. "O estudo destes fósseis vivos permite recriar os processos que intervieram na criação da vida na Terra. E pensar na existência de organismo semelhantes em outros planetas. O deserto de Atacama e nas lagunas salgadas são dois ambientes extremos, parecidos com o planeta Marte", explica a bióloga argentina.



O projecto que María Eugenia Farías dirige desde 2003 tem como objectivo procurar formas primitivas de vida, mas a investigadora acredita que o estudo dos estromatólitos pode trazer outros benefícios para a vida na Terra: através de aplicações práticas na produção de plásticos biodegradáveis ou de ingredientes para cosméticos.



Para a investigadora, que aprendeu a mergulhar nos recifes de coral australianos, este trabalho trouxe outro desafio. "Mergulhar nas lagunas de Puna é mais arriscado. A água é fria e devido à concentração de sais é necessário um duplo lastro para conseguir chegar ao fundo", conta.



DN Ciência

Vida de espeleólogo…

Setembro… mes de regresso ao trabalho…
Também na espeleo.