quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Vivem em Portugal as aranhas mais pequena e maior da Europa
Regularmente circulam na Internet alertas sobre mordeduras de perigosas aranhas. Algumas dessas mensagens relatam casos alegadamente ocorridos em Portugal. No Terra Alerta de hoje, acompanhámos um dia de trabalho de um biólogo que se especializou em aracnídeos e ficámos a saber mais sobre estes animais.
Antes de entrar na gruta à procura de aranhas, o biólogo Pedro Cardoso veste o fato de espeleologia. A indumentária é aconselhável por ser mais confortável e evitar sujar outra roupa. Já o uso do capacete é obrigatório para o proteger da queda de pedras e também de possíveis cabeçadas em zonas mais baixas das grutas.
Acompanhado por quatro elementos do Nucleo de Espeleologia da Costa Azul (NECA), Pedro Cardoso, actualmente a desenvolver investigação na Universidade dos Açores, volta à gruta do Fumo na zona da Arrábida onde, em 2005, encontrou por acaso uma nova espécie de aranha cavernícola para a Ciência. À primeira vista, poderia ser um juvenil, devido ao meio milímetro de tamanho, mas era um adulto do género Anapistula. "É a mais pequena aranha da Europa e uma das mais pequenas do mundo", garante o investigador
Este minúsculo ser, que actualmente só vive em grutas, poderá ter tido um passado à superfície, há muitos milhares de anos. A hipótese que o biólogo coloca é que "andaria pela superfície quando havia florestas tropicais nesta zona, entretanto o clima mudou e a espécie refugiou-se nas grutas e por cá ficou". Por enquanto, nas 3 grutas do sistema do Frade (Fumo, Utopia e Coelho) onde foi detectada a nova espécie só se encontraram aranhas fêmea. "Pode ser uma espécie que se reproduz sem macho”, explica.
Três anos depois da descoberta, e de muito trabalho de campo e de laboratório, o biólogo português esteve na Dinamarca, onde fez um pós-doutoramento no Museu de Historia Natural e Centro de Macroecologia da Universidade de Copenhaga, para escrever o artigo científico em que descreve a espécie.
Pedro Cardoso sublinha o facto das pequenas aranhas, recentemente descobertas, já estarem ameaçadas de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza. A área de distribuição é extremamente reduzida e está em regressão devido ao trabalho das pedreiras que existem na Arrábida.
Em Portugal, a legislação não protege aracnídeos, com uma excepção: a maior aranha da Europa, conhecida do sul de Espanha e que afinal também vive no nosso país. "No ano passado, encontrámos nas serras algarvias a Macrothele calpeiana, a única espécie que está listada na Directiva Habitats”, conta Pedro.
O tamanho mete respeito, mas o biólogo garante que não é perigosa. "O mais perigoso que temos é a Loxosceles e a Viúva-negra mediterrânica que também não causa grandes problemas, para além da dor e desconforto temporário". A informação contradiz mensagens que circulam na Internet sobre mordeduras graves. Uma delas relata os efeitos duma ferradela de uma suposta Armadeira, em Monte Gordo. Contudo, a fotografia que acompanha o e-mail não é de uma Armadeira brasileira mas de uma Loxosceles, comum no Alentejo.
Em todo o mundo, calcula-se que existam cerca de 36 mil espécies de aranhas. Na Austrália e no Brasil, por exemplo, há espécies capazes de matar um ser humano, mas em Portugal não. Pedro Cardoso salienta o papel positivo das aranhas no controlo de pragas de insectos e até aconselha quem não queira ter mosquitos em casa a não limpar teias de aranha.
terraalerta SIC
Pedro Cardoso
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Macrothele calpeiana
terça-feira, 30 de junho de 2009
Desporto em Portugal
O texto seguinte é retiradas do livro «Jogo Sujo», de Fernando Mendes e Luís Aguilar.
«Em determinado período da minha carreira cheguei a um clube que tinha uma grande equipa, um belíssimo treinador e um presidente carismático. Para além destas qualidades, existiram outros ingredientes que facilitaram o nosso percurso vitorioso. Devo dizer que antes de ir para este clube nunca tinha tido qualquer experiência com doping (pelo menos conscientemente)»
«Os incentivos para correr eram sempre apresentados pelo massagista. Passado pouco tempo de estar no clube, ele aproximou-se de mim, e de outros novos jogadores (...) Disse-me claramente que aquilo que ia dar-me era doping, embora nunca tivesse falado de eventuais efeitos secundários. (...) Com o passar do tempo assumi os riscos e tomei doping de todas as vezes que me foi dado. (...) Nunca vi um único colega insurgir-se perante essa situação»
«No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo»
«Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome»
«Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava»
«Lembro-me de um jogo das competições europeias contra uma equipa que tinha três campeões do mundo no seu plantel. Um deles era um poderoso avançado no jogo aéreo. (...) Apanhei-o várias vezes no meu terreno de acção. Ele era um armário, com um tremendo poder de impulsão. Mas nesse dia eu saltei que nem um louco e ganhei-lhe quase todas as bolas de cabeça (...) O meu segredo: uma pequena vacina, do tamanho de meia unha, chamada Pervitin»
«Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno»
«Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica»
«Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da Selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da Selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da Selecção se apercebeu»
Não e dificil adivinhar o clube...
«Em determinado período da minha carreira cheguei a um clube que tinha uma grande equipa, um belíssimo treinador e um presidente carismático. Para além destas qualidades, existiram outros ingredientes que facilitaram o nosso percurso vitorioso. Devo dizer que antes de ir para este clube nunca tinha tido qualquer experiência com doping (pelo menos conscientemente)»
«Os incentivos para correr eram sempre apresentados pelo massagista. Passado pouco tempo de estar no clube, ele aproximou-se de mim, e de outros novos jogadores (...) Disse-me claramente que aquilo que ia dar-me era doping, embora nunca tivesse falado de eventuais efeitos secundários. (...) Com o passar do tempo assumi os riscos e tomei doping de todas as vezes que me foi dado. (...) Nunca vi um único colega insurgir-se perante essa situação»
«No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo»
«Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome»
«Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava»
«Lembro-me de um jogo das competições europeias contra uma equipa que tinha três campeões do mundo no seu plantel. Um deles era um poderoso avançado no jogo aéreo. (...) Apanhei-o várias vezes no meu terreno de acção. Ele era um armário, com um tremendo poder de impulsão. Mas nesse dia eu saltei que nem um louco e ganhei-lhe quase todas as bolas de cabeça (...) O meu segredo: uma pequena vacina, do tamanho de meia unha, chamada Pervitin»
«Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno»
«Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica»
«Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da Selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da Selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da Selecção se apercebeu»
Não e dificil adivinhar o clube...
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Garganta do Cabo
Mais um fim-de-semana passado, desta vez com a retoma dos trabalhos na Garganta do Cabo, se há gruta que não me deixa indiferente é esta, ate porque foi a primeira grande gruta onde entrei.
Aqui fica um excerto do DVD feito por o (CEAE-LPN) em 2008:
Aqui fica um excerto do DVD feito por o (CEAE-LPN) em 2008:
E um excerto da minha primeira visita a Garganta do Cabo:
Para quem gostou aqui fica o link para o download do DVD:
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Morcegos garantem conservação dos livros
"Centenas de morcegos vigiam diariamente duas das mais antigas bibliotecas de Portugal, na Universidade de Coimbra e no Palácio de Mafra. É a sua habilidade para capturar insectos que assegura a preservação dos livros.
Os morcegos são o único mamífero capaz de voar e só o fazem de noite, emitindo sons de alta frequência inaudíveis ao Homem e que dificultam a observação e estudo das 26 espécies deste animal que se sabe que existem em Portugal.
Numa noite do ano passado, Jorge Palmeirim, investigador de aves e morcegos na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, apetrechou-se com equipamento para medição sonora e deslocou-se à biblioteca Joanina de Coimbra para tentar perceber que morcegos continuavam a usar os abrigos daquele espaço, onde estão instalados há mais de 200 anos.
“Não consegui ver, só ouvir, mas cheguei à conclusão, pelos excrementos que encontrei, que estão lá pelo menos duas espécies de morcegos”, conta o professor.
Em todo o país, e além de Coimbra, só se conhece um outro abrigo de morcegos em bibliotecas, no Palácio de Mafra, supondo-se que a preferência da espécie por estes espaços possa estar relacionada com o revestimento antigo de madeira.
“Os morcegos são também muito conservadores nos abrigos. Têm tendência para repetir por várias gerações os mesmos locais de abrigo e preferem edifícios antigos”, explica Jorge Palmeirinha.
Em Coimbra existem documentos com cerca de 200 anos que comprovam a compra, nesse tempo, de peles semelhantes às que ainda hoje a biblioteca Joanina utiliza para, diariamente , cobrir mesas antigas de forma a protegê-las dos excrementos dos morcegos.
“Os morcegos habitam na biblioteca desde que há memória. As mesas da biblioteca são protegidas com peles todas as noites, porque são também antiguidades, e os morcegos circulam livremente, comendo os insectos”, diz o director da biblioteca da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais.
Em Mafra também são os morcegos, e as boas condições climatéricas proporcionadas pelas paredes altas e a madeira do século XVIII, que explicam o “óptimo estado de conservação” dos livros, segundo a responsável pela biblioteca, Teresa Amaral.
Um morcego pode devorar 500 insectos por dia e, por isso, ninguém questiona que durante a noite se ausentem das bibliotecas para caçar. Estas entradas e saídas são facilitadas pelas fendas e orifícios comuns nas bibliotecas antigas.
“Uma pequena colónia de dez morcegos come um quilo de insectos por noite. Imagino quantos insectos são precisos para um quilo..”, comenta Jorge Palmeirim.
Das 26 espécies destes mamíferos que habitam em Portugal, e que representam várias centenas de milhares de morcegos, as que vivem nas grutas são as mais ameaçadas.
“Durante anos as grutas foram bloqueadas por pastores para proteger as suas ovelhas e também por pessoas que estigmatizavam a espécie' porque os morcegos são muitas vezes associados a bruxaria, conta Jorge Palmeirim.
Também os pesticidas da agricultura, por contaminarem insectos ingeridos por morcegos, têm sido responsáveis pelo decréscimo de algumas espécies."
Notícia distribuída pela Lusa
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Capuchinho vermelho e o lobo mau
Porque nem sempre o lobo e mau
Nem capuchinho vermelho é vermelho.
LOBO IBÉRICO:

Um pouco mais pequeno e esguio que as outras subespécies do lobo cinzento, os lobos-ibéricos machos medem entre 130 a 180 cm de comprimento, enquanto as fêmeas medem de 130 a 160 cm. A altura ao garrote pode chegar aos 70 cm. Os machos adultos pesam geralmente entre 30 a 40 kg e as fêmeas entre 20 a 35 kg.
A cabeça é grande e maciça, com orelhas triangulares relativamente pequenas e olhos oblíquos de cor amarelada. O focinho tem uma área clara, de cor branco-sujo, ao redor da boca. A pelagem é de coloração heterogênea, que vai do castanho amarelado ao acinzentado mesclado ao negro, particularmente sobre o dorso. Na parte anterior das patas dianteiras possuem uma característica faixa longitudinal negra.

Uma população próspera ao norte do Douro, em uma área montanhosa que ocupa os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança e pequena parte do distrito do Porto. Essa população abrange cerca de 50 alcatéias e é contínua com a grande população do lado espanhol da fronteira. Áreas protegidas portuguesas importantes para a preservação do lobo ao norte do Douro são o Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural do Alvão, o Parque Natural de Montesinho e o Parque Natural do Douro Internacional.
Uma população em declínio ao sul do Douro, distribuída em parte dos distritos de Viseu, Guarda e, talvez, Aveiro e Castelo Branco. Essa população abrange apenas 10 alcateias e encontra-se isolada em relação à população do norte do Douro. Seu futuro é incerto, considerando-se que pode extinguir-se no curto ou médio prazo.
JOANINHA:

As joaninhas são predadores no mundo dos insectos e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta e outros tipos de insectos. Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas são consideradas benéficas pelos agricultores.
A mais vulgar é a Coccinella septempunctata, da Europa, que apresenta geralmente de uma a sete manchas pretas sob fundo vermelho em cada élitro. A sua larva é azul com pintas amarelas. Também é conhecida pelo nome de joaninha-de-sete-pontos.
Existem também joaninhas de cor amarela e verde.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Krubera, a gruta mais profunda ate hoje descoberta.

A gruta transformou-se na mais profunda no mundo em 2001 quando a expedição da associação Ukrainian de Speleological alcançou a profundidade de 1.710 m.

A profundidade máxima actual de 2.191 m, foi alcançada durante um mergulho de 46m por Gennadiiy Samokhin no depósito terminal, mais uma expedição da associação Ukrainian de Speleological em Agosto - Setembro 2007.
A gruta permanece como a única na terra com 2.000m explorados.Existem minas de ouro na África do sul que chegam aos 3,400m de profundidade.
Link:http://ngm.nationalgeographic.com/ngm/0505/feature4/multimedia.html
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